A possibilidade do país voltar a fazer história de mais um regresso ao poder dum outro Ex-presidente deposto por um golpe de Estado, constitui elemento duma análise política interessante para se perceber o actual quadrante político guineense.
O cenário dum potencial regresso à cadeira do poder de Kumba Yalá, esta a ser equacionado no seio do Partido da Renovação Social e não só. Com ausência de novos actores políticos credíveis e falta de liderança nos diferentes partidos guineenses, o emblorio parece cada vez mais possível. À seu favor joga também a vantagem conseguido em relação aos outros actores políticos da cena, com a sua política de “casca de banana”, com o qual conseguiu denegrir a imagem de muitos que o contestavam, fazendo passar posteriormente a mensagem de que os mesmos não passavam de meros oportunistas e mediocres políticos que não conseguem resistir um aliciante convite para cargos governamentais, mesmo que a priori, o mesmo se apresenta condicionado.
Estrategicamente “bem” pensado o seu actual exilo, em Marrocos, o Ex-presidente Kumba Yalá, esta a usar o seu maquiavelismo na lavagem da sua imagem negativo, deixado ao longo do seu curto reinado presidencial, e preparar os próximos embates políticos que se avizinham. A sua actual residência, de onde dirige as acções políticas do seu PRS, não foi por acaso. A sua excelente relação pessoal com o Rei de Marrocos, um fiel aliado dos Estados Unidos de America, pode estar ligado com a possibilidade de um potencial apoio dos Americanos ao Dr. Yalá nas proximas eleições legislativas e presidencial. Porque esta em jogo a geopolítica americana em conseguir um aliado forte na costa ocidental da Africa, onde a França tem um peso estratégico considerável. E através do Rei de Marrocos, de quem os americanos mantem uma aliança forte devido a contribuição deste país na luta contra o terrorismo internacional, a Guiné-Bissau, através dum acordo entre Dr Yalá e os americanos, poderá num futuro próximo aliar-se a esta luta internacional contra o terrorismo nesta zona de Africa.
Sendo o Kumba um político populista e demagogo, que conseguiu ao longo de todo este tempo constituir em eleitorado “fiel”, num país onde não se descuti o programa político, mas sim, a “Matchundadi”, que os candidatos conseguem fazer para comprar consciências e aldrabar os resultados eleitorais.
Mas a questão fulcral à saber é, ate que ponto este possível regresso poderá constituir uma mais vália para o país com desáfios acrescidos de varias ordens, onde tudo constituí prioridade, e que exige acima de tudo, não somente a vontade política, mas sim a capacidade e responsabilidade política para com a coisa pública. A interrogação é legítima, tendo em conta a desastrosa governação que o seu reinado deixou gravado no solo pátrio guineense.
O mito kumbista reside no facto de “ninguem” conseguir saber, quais são os outros trunfos em manga que o Dr. Yalá trará para a luta política nacional, que de certeza não será inocente.
Com o país em "suspense", a espera do que será o congresso do PAIGC, e o pós-congresso que coincidirá possivelmente com o regresso de Kumba Yalá ao país. Não se pode dissociar este facto paigecista com a estratégia kumbista, sendo que o resultado deste congresso deixará claro quem será o proxímo adversário político de Kumba.
Este congresso do PAIGC, indirectamente também, guarda parte do mito kumbista, visto que tudo gira a volta do Presidene General, Nino Vieira, que tem um acordo político sigiloso com o Dr. Yalá, e de quem todos (os candidatos à liderança do PAIGC) esperam um apoio claro.
Os dois proxímos meses deste ano, conseguirá esclarecer parte deste mito e permitir aos guineenses perceber minimamente que versão de Kumba iremos ter. Se será um Kumba moderno e inovador ou se será um Kumba tal e qual (radical, populista e demagogo). Embora não se pode esperar uma mudança acentuada no Kumba, mas sendo ele um mito tudo é possível. E uma mudança no sentido de cativar mais apoio dos eleitorados muçulmanos será fortemente trabalhado e aprofundado, porque ele já possui parte deste eleitorado.
Será importante continuar a acompanhar a acção Kumbista, para que possamos contribuir com uma análise coerente da política guineense.
Haver vamos!
O cenário dum potencial regresso à cadeira do poder de Kumba Yalá, esta a ser equacionado no seio do Partido da Renovação Social e não só. Com ausência de novos actores políticos credíveis e falta de liderança nos diferentes partidos guineenses, o emblorio parece cada vez mais possível. À seu favor joga também a vantagem conseguido em relação aos outros actores políticos da cena, com a sua política de “casca de banana”, com o qual conseguiu denegrir a imagem de muitos que o contestavam, fazendo passar posteriormente a mensagem de que os mesmos não passavam de meros oportunistas e mediocres políticos que não conseguem resistir um aliciante convite para cargos governamentais, mesmo que a priori, o mesmo se apresenta condicionado.
Estrategicamente “bem” pensado o seu actual exilo, em Marrocos, o Ex-presidente Kumba Yalá, esta a usar o seu maquiavelismo na lavagem da sua imagem negativo, deixado ao longo do seu curto reinado presidencial, e preparar os próximos embates políticos que se avizinham. A sua actual residência, de onde dirige as acções políticas do seu PRS, não foi por acaso. A sua excelente relação pessoal com o Rei de Marrocos, um fiel aliado dos Estados Unidos de America, pode estar ligado com a possibilidade de um potencial apoio dos Americanos ao Dr. Yalá nas proximas eleições legislativas e presidencial. Porque esta em jogo a geopolítica americana em conseguir um aliado forte na costa ocidental da Africa, onde a França tem um peso estratégico considerável. E através do Rei de Marrocos, de quem os americanos mantem uma aliança forte devido a contribuição deste país na luta contra o terrorismo internacional, a Guiné-Bissau, através dum acordo entre Dr Yalá e os americanos, poderá num futuro próximo aliar-se a esta luta internacional contra o terrorismo nesta zona de Africa.
Sendo o Kumba um político populista e demagogo, que conseguiu ao longo de todo este tempo constituir em eleitorado “fiel”, num país onde não se descuti o programa político, mas sim, a “Matchundadi”, que os candidatos conseguem fazer para comprar consciências e aldrabar os resultados eleitorais.
Mas a questão fulcral à saber é, ate que ponto este possível regresso poderá constituir uma mais vália para o país com desáfios acrescidos de varias ordens, onde tudo constituí prioridade, e que exige acima de tudo, não somente a vontade política, mas sim a capacidade e responsabilidade política para com a coisa pública. A interrogação é legítima, tendo em conta a desastrosa governação que o seu reinado deixou gravado no solo pátrio guineense.
O mito kumbista reside no facto de “ninguem” conseguir saber, quais são os outros trunfos em manga que o Dr. Yalá trará para a luta política nacional, que de certeza não será inocente.
Com o país em "suspense", a espera do que será o congresso do PAIGC, e o pós-congresso que coincidirá possivelmente com o regresso de Kumba Yalá ao país. Não se pode dissociar este facto paigecista com a estratégia kumbista, sendo que o resultado deste congresso deixará claro quem será o proxímo adversário político de Kumba.
Este congresso do PAIGC, indirectamente também, guarda parte do mito kumbista, visto que tudo gira a volta do Presidene General, Nino Vieira, que tem um acordo político sigiloso com o Dr. Yalá, e de quem todos (os candidatos à liderança do PAIGC) esperam um apoio claro.
Os dois proxímos meses deste ano, conseguirá esclarecer parte deste mito e permitir aos guineenses perceber minimamente que versão de Kumba iremos ter. Se será um Kumba moderno e inovador ou se será um Kumba tal e qual (radical, populista e demagogo). Embora não se pode esperar uma mudança acentuada no Kumba, mas sendo ele um mito tudo é possível. E uma mudança no sentido de cativar mais apoio dos eleitorados muçulmanos será fortemente trabalhado e aprofundado, porque ele já possui parte deste eleitorado.
Será importante continuar a acompanhar a acção Kumbista, para que possamos contribuir com uma análise coerente da política guineense.
Haver vamos!