Os contactos multiplicaram entre os candidatos à liderança do maior partido da oposição guineense e os delegados eleitos para o conclave. Depois de sucessivos adiamentos do congresso, parece que desta vez, será mesmo para valer.
Com conflito interno que é dificil de compreender ou expor, consequência da zanga dos “compagnons de routes”, os delegados assumem uma responsabilidade acrescida na proporção em que, esta também em jogo a estrategia do Partido para as proximas eleições legislativas deste ano. Mas, a profundeza da divisão interna deixa muito a interrogar em relação a capacidade de analise e maturidade política, dos delegados desta Assembleia Magna, em saber escolher entre a velha geração de luta, liderado pelo candidato Bacai Sanhá, a geração de semi-roptura com o passado, liderado pelo candidato Carlos Gomes Junior, vulgo “Cadogo filho”, e a geração Abel Djassi (nome de luta de Amilcar Cabral), encabeçado pelo jovem Baciro Djá.
Importa neste congresso saber qual é o papel que jogará o actual Presidente da República, com uma influência muito consolidada no seio desta formação política. Dos trés candidatos, todos necessitam do seu apoio para se chegar a liderança do partido ou de em caso de vitória, para a reunificação do partido e preparar os desáfios do jogo democrático. Este será sem dúvida um encontro também de ajustes de conta entre os militantes deste partido, onde as demais traições, deixou muita magoa e ódio. A verdade de cada um será analisado e defendido de acordo com o grau de camaradagem conseguido entre os delegados e os tachos acordados como recompensa. Os grandes problemas do país, dificilmente poderá constituir preocupação dos concorrentes e dos delegados, será relegado para um plano menos interessante, nesta luta do poder.
O “Cadogo filho”, a tentar manter a sua liderança fragilizado e sem autoridade política, com o distanciamento cada vez maior dos seus “ditos” delfins a troco de lugares ministeriaveis, terá pela frente um Bacai Sanhá, que apoiou a sua candidatura as últimas eleições para à Presidência da República do qual saíu derrotado, e do jovem Baciro Djá, que era da cúpula dos apoiantes frenhos da candidatura do Bacai a Presidência da República.
A questão que se levanta, é de saber o porque de agora o Bacai ter virado contra o Cadogo, e o Baciro Djá a concorrer contra o Bacai, que em tempos julgou puder ser seu Presidente da República e hoje não alinha com ele para ser o seu Presidente no Partido?
Estamos perante uma novela tipicamente africana, que o “Papé de nha raça”, certamente transportará para os palcos do teatro guineense. A luta pelo poder no PAIGC, despiu o capote de honra de homens dignos desse nome e cimentou o cakrismo e o sapismo da claudicação.
Não se sabe, se se pode esperar muito deste congresso, enquanto tudo gira a volta do Presidente da República, João Bernardo “Nino” Vieira, que tem vindo a marcar à agenda política paigecista, dando benção aos que lhe lambem as botas para conseguirem um sorriso seu de dente branco esfregado com carvão e sal.
Esta instabilidade no seio do PAIGC, parece beneficiar consideravelmente a imagem do Presidente da República, dando-lhe margem de manobra de controlar a seu prazer o rumo dos acontecimentos neste partido. A reconcilhação interna é-lhe desfavorável, pelo que continuará a usar o seu maqueavelismo para continuar a controlar o desenrolar da situação neste partido.
É possível levantar a hipotese, dum eventual acordo entre o Bacai e o Baciro Djá, para delinear uma estratégia conjunta de derrotar o Cadogo, tendo em conta a intenção de Bacai de voltar a candidatar as presidenciais de 2010, porque de certeza com o Cadogo a frente do PAIGC, o Bacai não voltará a ter o apoio deste partido. No caso do desaparecimento do actual lider, e uma promessa dum alto posto ao Djá, o Bacai poderá continuar a sonhar com a Presidência da República. Mas, este congresso esta também ensombrado pelo acordo entre o Presidente Nino Vieira e o Kumba Yalá. Como o resultado deste congresso poderá clarificar quem será o potencial candidato do PAIGC as próximas eleições presidenciais, que terá como o seu forte adversário o Dr. Yalá, significa que poderemos ficar a saber o fundo deste acordo. Porque se o acordo se baseia no apoio do Presidente Vieira ao Kumba, ele (Nino) tentará de certeza aniquilar o Bacai neste Congresso, começando assim a retribuir o apoio recebido da parte do Kumba, que entrará em campanha eleitoral logo de seguida.
O embate mais duro que este conclave promete, será sem dúvida entre os ninistas e os cadoguistas, numa primeira fase. Segue-se numa fase subsequente, no caso do acordo entre Nino e Yalá ser para tirar do caminho o Bacai, entre os ninistas e cadoguistas “contra” o Bacai, que será visto como o grande oportunista. Em relação ao Djá, não se sabe até que ponto conseguirá representar a juventude, visto que a sua candidatura não reune consenso no seio da JAAC, base juvenil do PAIGC, partindo também ele desfalcado e longe de puder conseguir constituir a surpresa, mais haver vamos.
Não se pode esperar que não se comprem as consciências dos delegados, pois a maioria irá para o encontro deixando os filhos em casa de barriga vazia ou com um “tiro” garantido sem “mafé”, pelo que, se acontecer as “compras”, ganha quem pagou mais e perde a democracia e o país.
Estamos atentos
Com conflito interno que é dificil de compreender ou expor, consequência da zanga dos “compagnons de routes”, os delegados assumem uma responsabilidade acrescida na proporção em que, esta também em jogo a estrategia do Partido para as proximas eleições legislativas deste ano. Mas, a profundeza da divisão interna deixa muito a interrogar em relação a capacidade de analise e maturidade política, dos delegados desta Assembleia Magna, em saber escolher entre a velha geração de luta, liderado pelo candidato Bacai Sanhá, a geração de semi-roptura com o passado, liderado pelo candidato Carlos Gomes Junior, vulgo “Cadogo filho”, e a geração Abel Djassi (nome de luta de Amilcar Cabral), encabeçado pelo jovem Baciro Djá.
Importa neste congresso saber qual é o papel que jogará o actual Presidente da República, com uma influência muito consolidada no seio desta formação política. Dos trés candidatos, todos necessitam do seu apoio para se chegar a liderança do partido ou de em caso de vitória, para a reunificação do partido e preparar os desáfios do jogo democrático. Este será sem dúvida um encontro também de ajustes de conta entre os militantes deste partido, onde as demais traições, deixou muita magoa e ódio. A verdade de cada um será analisado e defendido de acordo com o grau de camaradagem conseguido entre os delegados e os tachos acordados como recompensa. Os grandes problemas do país, dificilmente poderá constituir preocupação dos concorrentes e dos delegados, será relegado para um plano menos interessante, nesta luta do poder.
O “Cadogo filho”, a tentar manter a sua liderança fragilizado e sem autoridade política, com o distanciamento cada vez maior dos seus “ditos” delfins a troco de lugares ministeriaveis, terá pela frente um Bacai Sanhá, que apoiou a sua candidatura as últimas eleições para à Presidência da República do qual saíu derrotado, e do jovem Baciro Djá, que era da cúpula dos apoiantes frenhos da candidatura do Bacai a Presidência da República.
A questão que se levanta, é de saber o porque de agora o Bacai ter virado contra o Cadogo, e o Baciro Djá a concorrer contra o Bacai, que em tempos julgou puder ser seu Presidente da República e hoje não alinha com ele para ser o seu Presidente no Partido?
Estamos perante uma novela tipicamente africana, que o “Papé de nha raça”, certamente transportará para os palcos do teatro guineense. A luta pelo poder no PAIGC, despiu o capote de honra de homens dignos desse nome e cimentou o cakrismo e o sapismo da claudicação.
Não se sabe, se se pode esperar muito deste congresso, enquanto tudo gira a volta do Presidente da República, João Bernardo “Nino” Vieira, que tem vindo a marcar à agenda política paigecista, dando benção aos que lhe lambem as botas para conseguirem um sorriso seu de dente branco esfregado com carvão e sal.
Esta instabilidade no seio do PAIGC, parece beneficiar consideravelmente a imagem do Presidente da República, dando-lhe margem de manobra de controlar a seu prazer o rumo dos acontecimentos neste partido. A reconcilhação interna é-lhe desfavorável, pelo que continuará a usar o seu maqueavelismo para continuar a controlar o desenrolar da situação neste partido.
É possível levantar a hipotese, dum eventual acordo entre o Bacai e o Baciro Djá, para delinear uma estratégia conjunta de derrotar o Cadogo, tendo em conta a intenção de Bacai de voltar a candidatar as presidenciais de 2010, porque de certeza com o Cadogo a frente do PAIGC, o Bacai não voltará a ter o apoio deste partido. No caso do desaparecimento do actual lider, e uma promessa dum alto posto ao Djá, o Bacai poderá continuar a sonhar com a Presidência da República. Mas, este congresso esta também ensombrado pelo acordo entre o Presidente Nino Vieira e o Kumba Yalá. Como o resultado deste congresso poderá clarificar quem será o potencial candidato do PAIGC as próximas eleições presidenciais, que terá como o seu forte adversário o Dr. Yalá, significa que poderemos ficar a saber o fundo deste acordo. Porque se o acordo se baseia no apoio do Presidente Vieira ao Kumba, ele (Nino) tentará de certeza aniquilar o Bacai neste Congresso, começando assim a retribuir o apoio recebido da parte do Kumba, que entrará em campanha eleitoral logo de seguida.
O embate mais duro que este conclave promete, será sem dúvida entre os ninistas e os cadoguistas, numa primeira fase. Segue-se numa fase subsequente, no caso do acordo entre Nino e Yalá ser para tirar do caminho o Bacai, entre os ninistas e cadoguistas “contra” o Bacai, que será visto como o grande oportunista. Em relação ao Djá, não se sabe até que ponto conseguirá representar a juventude, visto que a sua candidatura não reune consenso no seio da JAAC, base juvenil do PAIGC, partindo também ele desfalcado e longe de puder conseguir constituir a surpresa, mais haver vamos.
Não se pode esperar que não se comprem as consciências dos delegados, pois a maioria irá para o encontro deixando os filhos em casa de barriga vazia ou com um “tiro” garantido sem “mafé”, pelo que, se acontecer as “compras”, ganha quem pagou mais e perde a democracia e o país.
Estamos atentos