A multiplicidade étnica que existe na guiné, é um bem comum, uma dadíva de Deus, quando juntos conseguirmos fazer desta diversidade uma mais valia. Esta harmonização e aproximação de todo este mosaico cultural presente na guiné-bissau, deveu-se literalmente a língua creola. Esta língua "moderna" guineense conseguiu ser o elemento transversal e catalizador no combate a um tribalismo exacerbado que se tenta implantar, com o intuíto de conseguir dividendos políticos. O creolo é o UNO dos guineenses, é a língua que a priori elimina todos os eventuais complexos que hipoteticamente pode existir entre os diferentes grupos étnicos. Os varios estudos feitos e divulgados sobre esta materia, constitui sem dúvida a prova do interesse de muitos estudiosos da literatura guineense.
Este creolo de muita paixão nas escritas poeticas de Ndongle Akudeta, nos sons das recitas de poesia de Felix Sigá, e nos cânticos de Tina e de Mandjuandadis, de Esperança de Bandé, Netos de N'gumbé, Maron di Mar...é a principal riqueza do povo guineense. É a arma estratégica mais éficaz utilizada na conquista da independência pelos nossos herois nacionais. O lema da República ( Unidade-Luta-Progresso), efectivamente vincou, porque a língua de comunicação utilizada, o creolo, na transmissão de mensagens através do metodo, boca-a-boca, permitiu muitas vezes a difusão atempada das informação dos guerrelheiros do PAIGC duma zona para outra.
Questiona-se hoje em dia, o porquê da não oficialização do creolo, como uma das línguas de ensino na Guiné-Bissau, o qual não sou, para já apologista, visto tratar-se duma matéria do processo ensino-aprendízagem. Julgo precisar de antemão dum estudo mais aprofundado e experimentado. Por isso é salutar a constituição duma equipa credível de investigadores para o estudo supra-citada.
O creolo romantista e fascinante, nas escritas e leituras dos poetas e pensadore guineenses, que enaltece o poderio filosófico do povo guineense, em interpretar o mundo nos seus multiplos aspectos e dimensões, integralmene baseado no seu conhecimeno para o bem comun. O creolo existe e viverá, com os seus propositos e identidade.
Este creolo, a minha língua, na guibandadi dos meus pais e, no orgulho de ser a minha língua diária de correspondência com os meus camaradas.
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